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Como se comportar numa discussão

Quando pontos de vista opostos se encontram, há grandes chances de que uma conversa inicialmente amigável possa se tornar uma pesada discussão. Seja no ambiente de trabalho, entre amigos ou com a namorada, tenha em mente as seguintes dicas para evitar que uma simples briga se transforme no fim de um relacionamento ou mesmo de seu emprego.

1. Trazer novos problemas a discussão

Lembra quando nós eramos crianças e você quebrou meu nariz? Pois é, eu não esqueci daquilo!

Por exemplo, você está discutindo com um colega de trabalho à respeito do último projeto e, no meio, menciona um trabalho mal-feito do ano passado e a mania do outro em querer puxar o saco do chefe. Sabe o que acabou de fazer? De expandir a discussão para mais questões do que vocês vão dar conta de resolver.

E mesmo que cheguem a um consenso sobre o problema inicial, irão ter deixado outros em aberto, possivelmente prolongando ou gerando novas brigas.

Solução: se a outra pessoa começar a levantar novos tópicos, oponha-se e deixe claro que o objetivo da discussão é um só e outros problemas devem ser deixados para depois.

2. Ofensas pessoais

Algumas pessoas não conseguem lidar muito bem com ofensas pessoais, portanto é melhor prevenir

Quando uma discussão começa a esquentar, é natural que o sangue dos envolvidos comece a ferver, ambos começam a demonstrar impaciência e desejam apenas “ganhar” a contenda. Nesse cenário, ataques pessoais surgem com grande facilidade. Um fala sobre como o outro sempre foi um eterno incompetente. A namorada pode chamar se parceiro de filhinho da mamãe.

O problema todo é que a briga estará terminada em cinco ou dez minutos e algumas ofensas podem não ser esquecidas.

Solução: não ataque a pessoa, e sim o comportamento. Se o colega de trabalho não terminou a tarefa no prazo, fale que isso te irritou e não a preguiça dele. Se o novo gerente não soube ser maduro com sua equipe, não diga que ele é imaturo, diga que um gerente precisa ter mais maturidade e auto-controle do que a média. Isso afasta o envolvido da questão e facilita muito que cheguem a um ponto comum.

3. Apontar culpados

A culpa é sua, senhorita. S-ó s-u-a.

O jogo de apontar o dedo é um dos recursos mais infantis e arrogantes que alguém pode usar. Você elege um argumento qualquer como muleta e coloca toda a culpa em algum idiota bode expiatório qualquer. É um mecanismo de defesa clássico. A discussão passa a girar em torno de quem é o culpado e o foco original evapora mais rápido que álcool.

Sem que ambos os lados reconheçam suas falhas, uma discussão nunca chega ao fim. Ambos precisam ceder, em maior ou menor medida. Lembre-se de que ao apontar um dedo, outros três estão apontando de volta para você.

Solução: comece a discussão reconhecendo suas falhas, antes de mencionar quais atitudes do outro incomodaram você. Quando um dos dois cede primeiro, o caminho fica aberto para um diálogo mais claro. Além de ser uma puta atitude de homem que confia no próprio taco e não precisa ganhar a briga no berro.

4. Xingar

Sem descer o nível

No momento em que um dos lados lança um “Vai tomar no cú!”, é como se fosse ambos retirassem as luvas, e jogassem as regras de civilidade no lixo. Ao romper a fronteira da boa linguagem, você automaticamente dá ao outro o direito de agir como quiser, afinal, foi o que você acabou de fazer.

Em uma discussão entre amigos, muitas vezes um xingamento passa e no final tudo fica numa boa. Com a namorada, pode acabar em sexo caso vocês ainda sejam apaixonados. Mas o grande perigo é no ambiente profissional ou com alguma pessoa com a qual não tem tanta intimidade. Nesse cenário o preço é alto. Não espere menos do que fazer um novo inimigo ou perder um negócio.

E lembre-se da regra de ouro: se a outra pessoa estiver devendo grana para você, não xingue de jeito nenhum!

Solução: não se deixe levar pelo impulso. Quando sentir que acabou de escutar um argumento especialmente estúpido ou ofensivo, respire fundo e tenha certeza de que está com clareza total antes de continuar a conversa.

5. Assumir atitude agressiva

Você sabe com quem está falando, fedelho?

Nada pior do que os metidos a valentões que começam a falar berrando e já dão um soco no mesa, e em seguida batem a porta como se estivessem prestes a explodir. Isso não só demonstra total falta de controle, como também eleva o nível da conversa para pior, o que pode se tornar o preâmbulo de uma boa pancadaria.

Ao gesticular demais, falar alto demais e se aproximar da outra pessoa, a mensagem é de ataque. E no susto, você pode levar um belo direto no nariz antes de perceber o que aconteceu.

Solução: assuma uma postura centrada durante a discussão e procure permanecer nela. Nada de ficar perambulando, dobrando o pescoço ou avançado sobre o outro. Caso ele avance, não recue, nem ataque. Mantenha o olhar, espere ele dizer as besteiras dele e fale – bem baixinho – para se controlar e diminuir o tom de voz. Feito certo, o efeito é imediato, já que a outra pessoa percebe na hora o contraste entre ambas as falas.

6. Dar as costas a outra pessoa

Dar as costas no meio da conversa é atitude de criança

Normalmente quem tem o hábito de simplesmente deixar o local da discussão antes do término é a pessoa que está se sentindo intimidada ou então alguém com perfil agressivo e controlador, do tipo que não aceita argumentos de terceiros. Seja como for, novamente demonstra falta de controle e maturidade.

Solução: não tenha medo de manter sua posição e seus argumentos e deixe para sair somente quando chegarem a termos. Apenas não seja intrasigente ou irracional. Procure ser a voz da razão e ofereça possibilidades para encerrar a contenda. Assim vai aumentar sua reputação como um homem sensato e capaz de lidar com problemas sem partir para golpes baixos.

E caso sua namorada esteja por perto, pode ter certeza de que ela vai ficar muito bem impressionada com sua habilidade de conduzir a situação.

Por Guilherme Valadares

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Vida debaixo da terra

“Vida debaixo da terra” é o título da reportagem que mais me chocou em todo a minha vida!

Essa reportagem foi exibida na noite de ontem pela Rede Globo no programa Profissão Repórter e tinha como objetivo mostrar como é um dia na vida dos operários que trabalham debaixo da terra.

Foi mostrada a rotina de operários do metrô, eletropaulo, sabesp e outros… Mas o que mais me chocou foi a parte da reportagem que acompanhava o grafiteiro Zezão um artista urbano que entre outros locais, também faz grafites nas galerias de água e esgoto da cidade de São Paulo.

Nem precisava de comentar, mas enfim, as galerias são deploráveis. A quantidade de lixo, ratos, baratas, mal cheiro e de tudo que há de pior nesse mundo é grande nessas galerias (como mostra a foto abaixo). Afinal, todo o esgoto e a água de todos os córregos da cidade de São Paulo vão pra lá.

Outra coisa ruim é que a luz solar não chega lá. Ou seja, as condições de trabalho do artista Zezão são péssimas, as piores que se possam imaginar, mas até ai, essa é uma opção que ele fez, afinal de contas, ele já fazia arte nas ruas e nos muros, as galerias foram apenas mais uma escolha.

Porém isso ainda não foi o que me chocou, e sim o fato de encontrar seres humanos morando nesses lugares! Confiram com seus próprios olhos no vídeo abaixo.

Também to disponiblizando algumas fotos para as pessoas que tem net discada e não conseguem ver ao vídeo.

Ver pessoas morando dentro do esgoto sem ter nem sequer acesso a luz do sol ou qualquer iluminação artificial (breu total!) é a cena mais horrorizante que eu já vi em toda a minha vida. Nada, absolutamente nada que eu já tenha visto mexeu tanto comigo quanto essas cenas. Não desejo isso a ninguém, nem de brincadeira.

Fiquei muito mal ontem a noite quando vi isso, fui durmir com a cabeça quase latejando de tanto pensar sobre o assunto.

Hoje fiquei do mesmo jeito quando voltei a lembrar das cenas e também quando as re-vi.

Não acho que adiante apenas falar dos políticos, pois penso que todos tem que fazer sua parte para reverter essa situação, entretanto se tem alguém que tem que responder a essa subcondição de vida(?) são eles.

Não dá pra deixar de lado o fato de que aqui no Brasil a desigualdade social entre o povo e os políticos é obscena. A maioria do povo brasileiro vive na miséria ou é pobre, chegando até a lamentável situação de viverem num esgoto(!!!) e enquanto isso os políticos que devem servir ao povo possuem milhões ou até bilhões de dólares e diversas mansões espalhadas ao redor do mundo. Comem do bom e do melhor, praticam muitos crimes, são impunes e num geral só estão interessados em obter mais poder e beneficiar seus amigos e parentes.

É um abuso inescrupuloso!

Estou lendo um livro bem interessante chamado “As mulheres mais perversas da história”, e nesse livro muitas das mulheres retratadas como as mais perversas da história estão lá por serem avarentas, ambiciosas e governarem inadequadamente os seus países, deixando o povo na miséria enquanto viviam no maior luxo. E sinceramente, fico embasbacado (se é que essa palavra existe) quando penso que agir dessa maneira é algo comum pra grande maioria dos políticos do Brasil.

Acho que diante de uma situação tão horrível quanto morar dentro do esgoto eu não tenho mais muito o que falar, apenas que orarei muito pra que Deus abençoe e proteja essas pessoas.

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Outro Top 10 puramente comercial

Anteriormente escrevi uma postagem sobre o pífio Top 10 musical que os ingleses propuseram a algumas semanas atrás (confira). Dessa vez o dono da novo Top 10 pífio é o site masculino AskMen.com que redigiu uma lista das dez melhores praias do mundo. Veja a lista:

1. Miami, Estados Unidos
2. Dubai, Emirados Árabes Unidos
3. Barcelona, Espanha
4. Rio de Janeiro, Brasil
5. Cidade do Cabo, África do Sul
6. Los Angeles, EUA
7. Brighton, Reino Unido
8. Sydney, Austrália
9. Mumbai, Índia
10. Veneza, Itália

Dessa vez eu não posso falar tanto que nem eu falei na lista do Top 10 musical, afinal eu só conheço um desses dez lugares, o Rio de Janeiro. Mas com apenas esse pequeno conhecimento eu já posso garantir que essa é outra lista é puramente comercial.

Primeiro porque a praia de Copacabana (que segundo o site) é a principal praia da cidade do Rio de Janeiro não é nem sequer a melhor praia do estado do RJ, muito menos a melhor praia do Brasil. Já tive a oportunidade de ficar em Copacabana e também nas cidades de Búzios e Cabo Frio ambas no próprio estado do RJ, e achei as duas últimas praias muito melhor do que Copacabana devido a diversos fatores, dentre eles porque a água, areia e o ar de Búzios e Cabo Frio são mais limpos, também ambas cidades não são verticalizadas como o Rio de Janeiro, e principalmente não há tanta violencia urbana nesses lugares. Fora tudo isso, em Cabo Frio o litoral possui uma incrível areia de cor branca, uma atração aparte.

Também garanto que existem muitas praias do nordeste que são melhores do que as praias da cidade e até do estado do Rio de Janeiro. Por exemplo, a praia de Ponta Negra em Natal que fica no Rio Grande do Norte é na minha opinião a melhor praia do Brasil.

Não que Copacabana não seja linda, acho lá muito melhor do que diversas praias da minha SP, mas pra mim esse quarto lugar do Rio de Janeiro deve-se ao fato de que o Brasil sediará uma Copa do Mundo e o Rio vêm tentando ano após ano ser sede de uma Olimpíada.

Agora vem as praias estrangeiras…

Primeiramente olhem que “coinscidência”, um site do EUA elegem duas praias do próprio país entre as dez melhores do mundo, sendo que uma delas é eleita simplesmente a melhor. Logo o país que mais polui as águas, o ar, a terra e que mais destroem a natureza em todos os sentidos possuem simplesmente a melhor praia do mundo. Hahahahaha, que ridículo!

Agora entrem no site da AskMen e vejam quantas pessoas visitam o site diariamente e imaginem o quanto uma divulgação de Miami como a melhor praia do mundo faz aumentar o turismo naquela região.

Depois vêm Dubai, a cidade que mais cresce financeiramente na atualidade. Para se ter uma noção de como Dubai cresce, mais de 40% da construção civil em atividade no mundo se encontra em Dubai. Até o mundial de clubes, que a mais de vinte e cinco anos é disputado em Tókio vai para Dubai em 2009. Não seria essa uma ótima oportunidade para publicar em uma revista (e num site) de grande circulação que Dubai tem uma das melhores praias do mundo? E outra coisa, Dubai fica no meio de um deserto… Que praia excelente é essa que fica no meio de um deserto?

As praias de Barcelona e Brighton que ficam respectivamente na Espanha e no Reino Unido são simplesmente as duas maiores aberrações que aparecem nessa lista. Nesses lugares mal tem clima (tempo bom) para se curtir a praia, muito menos água limpa.

Outra coisa, Veneza não é praia né? Onde está a areia de lá? Onde eu tomo sol em Veneza? Onde eu jogo bola? Onde estão as ondas? Afinal, cadê a praia de Veneza? Alguém pode me responder?

E pra finalizar o assunto praias estrangeiras, alguém pode me dizer o que há de mais em Mumbai na Índia? Deêm uma boa olhada nessas duas fotos abaixo e me digam o que essa praia tem para ser “eleita” a nona melhor do mundo? Para quem conhece o litoral paulista, me respondam, no que ela difere da Praia Grande?

Essas listas com interesses puramente financeiros ou outros interesses maquiavélicos quaisquer conseguem realmente me deixar inquieto, pois no final das contas elas manipulam muitas pessoas a acreditarem que se tratam de verdades o que está escrito nelas.

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O gol mais bonito que eu já vi

O gol mais bonito que eu já vi na minha vida não foi do Garrincha (meu jogador preferido), nem do Pelé (o Rei) muito menos do ermano Maradona. Vocês podem achar então que o autor do maior golaço que eu já vi em toda minha vida foi algum jogador contemporâneo meu, alguem que eu realmente tenha visto jogar, tipo Romário, Zidane ou um dos Ronaldos. Mas também não foi nenhum deles.

O autor do Golaço (com G maiusculo) foi o “Galinho” Zico quando defendia a Udinese da Italia.

Eu já fui muito “viciado” em futebol, sendo assim, já vi muitos vídeos de gols incríveis. Mas acho que nenhum teve a beleza desse gol aqui abaixo.

O Zico primeiramente de costas mete uma caneta no seu marcador e depois dá um corte com a perna direita e em seguida um segundo corte com a perna esquerda que deixa o seu marcador no chão e que de tão bem aplicado engana até o camera-man. Pra finalizar ele mete um chute bem colocado no angulo da entrada da área.

Nossa, um verdadeiro golaço. Nunca vi outro igual.

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Pessimismo ou realismo?

Um dos meus blogs preferidos e do qual assino os feeds o Energia Eficiente escreveu uma postagem bem interessante a respeito das etiquetas de emissão de poluente nos carros.

Eu dei uma opinião sincera sobre o assunto e como não poderia deixar de ser, nem me interessei se agradei a gregos e troianos. Porém fiquei com uma dúvida, não sei se eu fui pessimista ou realista. Eu creio que eu tenha sido realista, mas de qualquer jeito, abaixo está a postagem do Energia Eficiente e em seguida o meu comentário.

Leiam ambos e digam o que vocês acham: Sou pessimista ou realista?

Carros etiquetados!

Ambientalistas e a indústria automobilística juntaram-se para introduzir uma etiqueta energética nos carros novos a partir de outubro desse ano. A nova etiqueta energética pretende ser nos mesmos moldes das utilizadas em eletrodomésticos, com um código de letras, uma escala de cores e o fator médio de emissão de dióxido de carbono (CO2). Por meio da etiqueta, o consumidor poderá comparar modelos a partir do consumo de combustível, entre outras coisas.

Na Europa a etiqueta energética se tornou comum nas lojas e concessionárias de carros novos. Aqui, ao contrário da tendência mundial, os fabricantes tendem a esconder o real consumo, com medo da reação cada vez mais “verde” dos consumidores.

Essa ótima iniciativa permitirá, por exemplo, a adoção das mesmas etiquetas à disposição dos consumidores europeus, de visualização facílima e um fator importante de compra, especialmente em tempos de combustível fóssil em declínio e aquecimento global em escala ascendente.

Fique atento às etiquetas na hora da compra!

postado em: 23 de Julho de 2008 por Flávio Vieira

tags: biodiesel, carbono, combustivel, consumidor, consumo, dióxido, eficiência energética, etiquetas, fóssil, petroleo

1 comentário para “Carros etiquetados!”

24 de Julho de 2008 às 10h30

Stephan Says:

Eu já consigo imaginar um gigantesco esquema de corrupção envolvendo as grandes montadoras (GM, Ford, Toyota, Fiat,…) e os fiscais do governo responsáveis pela emissão de gases poluentes. Nesse esquema diversos carros que poluem e afetam muito o meio-ambiente são identificados com etiquetas A e B, sendo que na verdade lhe cairiam bem as etiquetas E, F ou G.

Vejo isso principalmente nos carros populares, pois o avanço técnológico para tornar esses modelos de carros ambientalmente viaveis seria financeiramente inviavel, e também imagino que por esses carros serem disparados os mais vendidos no Brasil (ou seja, são os carros que dão mais lucro) as montadoras não teriam nem “um pingo” de interesse em identifica-los com etiquetas E, F ou G.

E o pior é que quando descobrirem todo esse esquema, (que vitalmente também contará com políticos e policiais federais) todos serão absolvidos, pois há muito “peixe grande” na jogada e também temos que lembrar o simples fato de que a industria automobilística é resposável por cerca de 10% do PIB do brasileiro.

Bem, não sou pessimista, sou apenas realista quanto ao cenário político do país em que vivo desde que nasci.

Alguém duvida que esse esquema possa se tornar realidade?

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São Paulo, A Symphonia da Metrópole

Não está escrito errado não, é Symphonia com Y e PH mesmo, isso porque a grafia é de 1929, pois na verdade esse título “São Paulo, A Symphonia da Metrópole” também é o titulo do belíssimo documentário produzido pelos húngaros Adalberto Kemeny e Rudolph Rex Lustig, dois imigrantes que se instalaram em São Paulo em meados da década de vinte e se apaixonaram pela “Terra da Garoa”.

O documentário é de uma riqueza gigantesca para a história da maior cidade do Brasil e “quiçá” do mundo. Ele não é apenas a mais marcante produção não-ficcional dedicada à capital, mas também o mais importante documentário urbano da era do cinema-mudo no Brasil.

A “sinfonia da metrópole” retrata a São Paulo dos anos vinte, com suas “1.059.000 almas”, como uma “oficina de progresso”. Na época São Paulo estava em plena expansão e já era tida como uma das maiores cidades do mundo.

A São Paulo dos anos vinte se comparada com a São Paulo do século XXI é algo totalmente paradoxal, porém em essência era a mesma coisa dos dias atuais. Digo isso por vários motivos, começarei pelos paradoxos.

Naquela época existiam competições de natação e remo nos rios Pinheiros e Tietê (algo totalmente inconcebível nos dias atuais), não existia metrô, comércio ambulante, e o que mais me impressionou no documentário: a “finada” casa de detenção do Carandiru era tida como a melhor penitenciaria do mundo. Isso mesmo, vocês não leram errado, o Carandiru era a melhor penitenciaria do mundo. Lá reinavam a disciplina, trabalho, respeito e principalmente a recuperação do interno. Algo inimaginável para quem conviveu perto do Carandiru nos últimos anos de sua existência.

Mas mesmo com todas essas (e outras) disparidades em relação a São Paulo dos dias atuais, a essência da metrópole já era a mesma, tanto que naquela época já existiam arranha-céus, largas avenidas, diversos automóveis, bondes elétricos, diversas indústrias e (pasmem) até trânsito! Álias, a essência é tanta, mas tanta, que tentar ir para a praça da sé por meio de transporte coletivo, já naquela época significava enfrentar um transporte lotado, assim como a última foto dessa postagem (um bonde com destino praça da sé) prova.

O documentário também mostra diversas outras peculiaridades da “Paulicéia Desvairada” e que pode impressionar o espectador de maneiras diferentes.

Depois da etiqueta dos internos do Carandiru, o que mais me impressionou no documentário foi ver como São Paulo já era evoluída naquela época.

São Paulo, A Symphonia da Metrópole é um documentário imperdível, não só para os paulistanos, mas para todos. Uma relíquia!

Foi esse o documentário que eu assisti no festival de inverno de Paranapiacaba desse ano e que eu acabei achando o evento mais interessante do festival. Na ocasião, outra coisa que enriqueceu muito o documentário foi a sonorização do filme que foi feita ao vivo por dois excepcionais músicos multi-instrumentistas e que ficou nota dez.

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GP de Hockenheim – Alemanha

Primeiramente quero parabenizar o Nelsinho Piquet pelo excelente e até então inédito segundo lugar!

Só quero ver se os mesmos bobalhões que há algumas semanas atrás estavam pedindo a cabeça dele começaram a falar que ele é um excelente piloto.

Eu já esperava grandes resultados do Nelsinho e já havia até escrito que era ridícula a pressão que estavam fazendo em cima dele (confira). O segundo lugar do Nelsinho no GP da Alemanha sinceramente não me impressionou. O que me impressionou mais, é que esse é o melhor resultado da Renault no ano, ou seja, o Nelsinho desbancou ninguém menos que o Fernando Alonso, que na minha opinião é o melhor piloto da atualidade. Álias, o Alonso ficou com uma inveja das grandes, tanto que até deu uma entrevista minimizando o feito do Nelsinho.

O Lewis Hamilton voou na pista, ele simplesmente mandou nos treinos e na corrida. Porém acredito que a vitória dele deve-se ao péssimo desempenho apresentado pela Ferrari, pois a McLaren deixou a desejar na estratégia. Nunca vi uma equipe achar que é mais vantajoso deixar de fazer o pit-stop com o safity-car na pista.

O Massa, meu favorito ao titulo desse ano, fez o que pode, com o carro “mais pra lá, do que pra cá” ele não teve condições de brigar com o Hamilton. Valeu pela dobradinha brasileira no podium.

Também quero falar a respeito de duas noticias que saíram na mídia, em primeiro lugar eu tenho que descordar totalmente do discurso do Ron Dennis que diz não ter mandado o Heikki Kovalainen parar o carro para o Lewis Hamilton passar. Não sei a quem ele quer enganar, pois as imagens provam tudo, o Heikki desacelerou tanto, mas tanto, que quase que não dá tempo do Lewis Hamilton desviar do carro dele.

E pior, depois de tudo o que aconteceu no ano passado querer falar que não há prioridade pro Hamilton é palhaçada! Realmente, acho que nem a esposa do Ron Dennis acredita no que ele fala. Se no ano passado a equipe McLaren inteira se posicionou contra o Alonso só para apoiar o Lewis Hamilton, chegando até a proclamar antes do GP da China a absurda frase “Nós correremos contra o Alonso, e não contra o Kimi”, imaginem o que eles não fazem com o pobre do Heikki Kovalainen, que não piloto nem 10% do que o Alonso pilota?

Em segundo lugar eu concordo parcialmente com o que disse o Niki Lauda. O tri-campeão afirmou que o Hamilton pode se tornar imbatível. Bem, bola de cristal ninguém tem, mas também vejo um grande potencial no Lewis Hamilton. Acho que ele não terá tanta dificuldade para criar uma “Era Hamilton” na Fórmula 1, entretanto acho que a “Era Hamilton” ainda não começara em 2008.

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Festival de Inverno de Paranapiacaba

Ainda em férias, fui curtir junto com meus pais ao agradável festival de inverno de Paranapiacaba. Para quem não conhece, Paranapiacaba é uma vila bem pequena e pacata que se encontra num “vale” cercado de verde, no alto da serra de Santos, no município de Santo André.

Fui no sábado, porém essa não foi a primeira vez que fui a esse festival, já havia ido a dois anos atrás e justamente por isso quando eu tive a oportunidade de voltar lá não a disperdicei. Lá tem muitas atrações culturais como músicas de vários gêneros (mpb, música indígena (andina), batucada, música cubana, rock, samba,…), peças de teatro, mostra de cinema, artesanatos,… O clima é muito agradável, por ser uma cidade serrana e ter muita mata atlântica em volta, lá quase sempre está frio, porém é um frio gostoso, bem diferente do frio da capital São Paulo, pois em Paranapiacaba o ar é úmido e limpo ao contrário do frio de ar seco e poluido da capital.

Quando fui a primeira vez ao festival de inverno, o que mais me chamou atenção e me fez querer voltar não foram nem as atrações culturais muito menos o clima, mas sim a própria vila de Paranapiacaba. Ela é muito bonita, tanto que está sendo avaliada pela UNESCO para se tornar um “Patrimônio da Humanidade”. As casas possuem arquitetura inglesa devido a grande influência dos ingleses na região e em sua maioria são todas centenárias, as ruinas de algumas casas (por incrivel que pareça) são bonitas e o que mais me intrigou é que o acesso a vila é a pé! Isso mesmo, carro não entra, para ir pra Paranapiacaba tem que gastar a sola do sapato literalmente. As pessoas deixam os carros ou ficam na parada de onibus que fica a alguns metros da ladeira de acesso, depois elas descem essa ladeira que é estreita, comprida e ingrime e após desce-lá elas atravessam uma passarela e finalmente chegam a vila de Paranapiacaba.

Antes era possível chegar a vila de trem, porém hoje as mais de vinte linhas férreas (infelizmente) estão todas abandonadas. Alias, Paranapiacaba foi fundada como uma estação de trem em 1874 pela extinta companhia inglesa de trens São Paulo Railway, e durante muito tempo serviu de acampamento para os operários que subiam a serra de Santos.

Em 2008 tocaram entre outros artistas Seu Jorge, Lenine e Zeca Balero, porém o festival é muito eclético o que permite que todos encontrem suas tribos. O que eu mais gostei nesse ano foi da mostra de cinema que o SESC realizou. Vi um documentário sensacional! (depois eu comento sobre ele)

Assim como meu passeio à Pedra do Baú, também fiz questão de fazer um vídeo sobre o Paranapiacaba, mas dessa vez hospedei o vídeo no Youtube e não no blogger, pois no blogguer o vídeo (sei lá porque) perde qualidade.

O melhor de tudo é que o festival ainda não acabou, ele irá até o final de semana que vem, portanto se vocês tiverem a oportunidade de irem, vão. É aquela mesma frase que eu já disse aqui no blog “O Brasil é demais! Que Europa que nada, tendo grana e tempo conheçam o Brasil”.

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Meu primeiro prêmio…

Recebi hoje do Blog do Catarino um selo de reconhecimento e fiquei muito feliz e grato.

Estes prêmios estimulam os blogueiros a continuarem com suas postagens mesmo tendo outros compromissos mais importantes, e isso acaba colaborando muito para que os blogs se mantenham com qualidade e atualizados.

Faço questão de deixar registrado a minha imensa gratidão ao meu grande amigo André que contribui muito com as suas postagens e a minha prima Leila que também colaborou com seus comentários sobre a sétima arte.

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Rush, agradável surpresa

A banda canadense RushNunca escondi a minha preferência por comprar CDS piratas de cinco reais ao invés de comprar um CD original e pagar trinta reais para ouvir as mesmas musicas.

E nessa onda de fazer um negócio “bom e barato” eu acabei encontrando na saída do bandejão da USP uma banquinha que vende CDS de mp3 por dez reais.

Pô, nem preciso de comentar o quanto essa banquinha me deixou feliz né?! Eu já gostava de comprar CDS por cinco reais e ouvir dez musicas, imaginem só o quanto eu gostei comprar um CD por dez reais e ouvir 130 musicas. Nossa… demais!

Isso já foi há algum tempo atrás, na época eu gastei uns noventa reais e fiz um “negócio da China” onde acabei levando doze CDS por esse preço.

Eu comprei os seguintes CDS: Dois do Bob Dylan, Smashing Pumpkins, The Who e um do Elvis Presley, Faith no More, Jack Johnson, Janis Joplin, Rolling Stones, Rush.

Eu tinha uma grande expectativa em ouvir as músicas que eu ainda não conhecia do Faith no More e do The Who, principalmente do Faith no More, pois essa sempre foi uma das minhas bandas preferidas, porém quem acabou roubando a cena foi o Rush.

Do Rush eu conhecia pouca coisa, acho que se juntasse tudo não dava nem dez músicas e todas eram músicas famosas que tocam nas rádios, ou seja, eu só conhecia do Rush o que os donos das rádios queriam que eu ouvisse.

O que mais me surpreendeu no Rush, foram as músicas do álbum “A Show of Hands”. O álbum é ao vivo, porém se não fosse pelas palmas, assovios e algumas levíssimas mudanças na voz e guitarra eu diria que o álbum foi gravado em estúdio, tamanha é a maestria do Rush tocando ao vivo. Esse álbum é um daqueles que você pode ouvir do começo ao fim sem pular nenhuma faixa, é realmente muito bom pra quem gosta de um bom rock.

Ainda nesse CD de mp3 eu conheci um outro álbum muito bom, porém não há o nome dele, mas são musicas realmente muito boas.

Num geral, sempre quando eu coloco esse CD de mp3 do Rush pra tocar eu acabo ouvindo algum som muito bom que eu ainda não conhecia. Realmente, o Rush foi uma surpresa muito agradável.

Recomendo que os amantes do rock, principalmente do rock progressivo se aprofundem mais nessa excelente banda canadense. Os meus sons preferidos do Rush são Red Sector A, Subdivisions, Time Stand Still, Stick it Out, Tom Sawyer, Spirit of Radio, Manhattan Project, Marathon, Nobody’s Hero e duas outras que eu não sei o nome, e infelizmente não são populares.

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