Quando pontos de vista opostos se encontram, há grandes chances de que uma conversa inicialmente amigável possa se tornar uma pesada discussão. Seja no ambiente de trabalho, entre amigos ou com a namorada, tenha em mente as seguintes dicas para evitar que uma simples briga se transforme no fim de um relacionamento ou mesmo de seu emprego.
1. Trazer novos problemas a discussão
Lembra quando nós eramos crianças e você quebrou meu nariz? Pois é, eu não esqueci daquilo!
Por exemplo, você está discutindo com um colega de trabalho à respeito do último projeto e, no meio, menciona um trabalho mal-feito do ano passado e a mania do outro em querer puxar o saco do chefe. Sabe o que acabou de fazer? De expandir a discussão para mais questões do que vocês vão dar conta de resolver.
E mesmo que cheguem a um consenso sobre o problema inicial, irão ter deixado outros em aberto, possivelmente prolongando ou gerando novas brigas.
Solução: se a outra pessoa começar a levantar novos tópicos, oponha-se e deixe claro que o objetivo da discussão é um só e outros problemas devem ser deixados para depois.
2. Ofensas pessoais
Algumas pessoas não conseguem lidar muito bem com ofensas pessoais, portanto é melhor prevenir
Quando uma discussão começa a esquentar, é natural que o sangue dos envolvidos comece a ferver, ambos começam a demonstrar impaciência e desejam apenas “ganhar” a contenda. Nesse cenário, ataques pessoais surgem com grande facilidade. Um fala sobre como o outro sempre foi um eterno incompetente. A namorada pode chamar se parceiro de filhinho da mamãe.
O problema todo é que a briga estará terminada em cinco ou dez minutos e algumas ofensas podem não ser esquecidas.
Solução: não ataque a pessoa, e sim o comportamento. Se o colega de trabalho não terminou a tarefa no prazo, fale que isso te irritou e não a preguiça dele. Se o novo gerente não soube ser maduro com sua equipe, não diga que ele é imaturo, diga que um gerente precisa ter mais maturidade e auto-controle do que a média. Isso afasta o envolvido da questão e facilita muito que cheguem a um ponto comum.
3. Apontar culpados
A culpa é sua, senhorita. S-ó s-u-a.
O jogo de apontar o dedo é um dos recursos mais infantis e arrogantes que alguém pode usar. Você elege um argumento qualquer como muleta e coloca toda a culpa em algum idiota bode expiatório qualquer. É um mecanismo de defesa clássico. A discussão passa a girar em torno de quem é o culpado e o foco original evapora mais rápido que álcool.
Sem que ambos os lados reconheçam suas falhas, uma discussão nunca chega ao fim. Ambos precisam ceder, em maior ou menor medida. Lembre-se de que ao apontar um dedo, outros três estão apontando de volta para você.
Solução: comece a discussão reconhecendo suas falhas, antes de mencionar quais atitudes do outro incomodaram você. Quando um dos dois cede primeiro, o caminho fica aberto para um diálogo mais claro. Além de ser uma puta atitude de homem que confia no próprio taco e não precisa ganhar a briga no berro.
4. Xingar
No momento em que um dos lados lança um “Vai tomar no cú!”, é como se fosse ambos retirassem as luvas, e jogassem as regras de civilidade no lixo. Ao romper a fronteira da boa linguagem, você automaticamente dá ao outro o direito de agir como quiser, afinal, foi o que você acabou de fazer.
Em uma discussão entre amigos, muitas vezes um xingamento passa e no final tudo fica numa boa. Com a namorada, pode acabar em sexo caso vocês ainda sejam apaixonados. Mas o grande perigo é no ambiente profissional ou com alguma pessoa com a qual não tem tanta intimidade. Nesse cenário o preço é alto. Não espere menos do que fazer um novo inimigo ou perder um negócio.
E lembre-se da regra de ouro: se a outra pessoa estiver devendo grana para você, não xingue de jeito nenhum!
Solução: não se deixe levar pelo impulso. Quando sentir que acabou de escutar um argumento especialmente estúpido ou ofensivo, respire fundo e tenha certeza de que está com clareza total antes de continuar a conversa.
5. Assumir atitude agressiva
Você sabe com quem está falando, fedelho?
Nada pior do que os metidos a valentões que começam a falar berrando e já dão um soco no mesa, e em seguida batem a porta como se estivessem prestes a explodir. Isso não só demonstra total falta de controle, como também eleva o nível da conversa para pior, o que pode se tornar o preâmbulo de uma boa pancadaria.
Ao gesticular demais, falar alto demais e se aproximar da outra pessoa, a mensagem é de ataque. E no susto, você pode levar um belo direto no nariz antes de perceber o que aconteceu.
Solução: assuma uma postura centrada durante a discussão e procure permanecer nela. Nada de ficar perambulando, dobrando o pescoço ou avançado sobre o outro. Caso ele avance, não recue, nem ataque. Mantenha o olhar, espere ele dizer as besteiras dele e fale – bem baixinho – para se controlar e diminuir o tom de voz. Feito certo, o efeito é imediato, já que a outra pessoa percebe na hora o contraste entre ambas as falas.
6. Dar as costas a outra pessoa
Dar as costas no meio da conversa é atitude de criança
Normalmente quem tem o hábito de simplesmente deixar o local da discussão antes do término é a pessoa que está se sentindo intimidada ou então alguém com perfil agressivo e controlador, do tipo que não aceita argumentos de terceiros. Seja como for, novamente demonstra falta de controle e maturidade.
Solução: não tenha medo de manter sua posição e seus argumentos e deixe para sair somente quando chegarem a termos. Apenas não seja intrasigente ou irracional. Procure ser a voz da razão e ofereça possibilidades para encerrar a contenda. Assim vai aumentar sua reputação como um homem sensato e capaz de lidar com problemas sem partir para golpes baixos.
E caso sua namorada esteja por perto, pode ter certeza de que ela vai ficar muito bem impressionada com sua habilidade de conduzir a situação.
Por Guilherme Valadares